A Comissão Organizadora do III Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS) reuniu-se na tarde dessa segunda-feira (1), em Brasília, com os presidentes de Fóruns e Redes de Secretários e Dirigentes Municipais. O encontro foi realizado durante o pré-lançamento do III EMDS e teve como objetivo fomentar o debate para a definição dos temas que devem nortear a próxima edição do evento, a ser realizada em Brasília, de 7 a 9 de abril de 2015. Presidente do Fórum Nacional de Dirigentes Municipais de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Companhia de Desenvolvimento de Vitória, André Gomyde, participou da reunião.
Ela teve inicio com a apresentação do conceito do EMDS, já consolidado como o maior evento sobre sustentabilidade e desenvolvimento local do país. O coordenador do convênio FNP/Sebrae, César Medeiros, destacou os números registrados nas duas primeiras edições e a expectativa para o próximo. “De 2012 para 2013 houve um acréscimo de 57% no número de participantes e a expectativa é que cheguemos aos cinco mil em 2015. Quanto à participação de prefeitos, a meta é dobrar o quantitativo, conforme nos desafiou o presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), prefeito de Porto Alegre (RS), José Fortunati”, salientou. Uma das novidades previstas para o III EMDS no que diz respeito à estrutura do evento é a realização de uma feira, o que, segundo César, deve promover o aumento, também, no número de parceiros.
O vice-presidente para Assuntos de Gestão Pública da FNP, prefeito de Divinópolis (MG), Vladimir Azevedo, intermediou o debate e ressaltou que o diálogo com os demais prefeitos e gestores é fundamental para o sucesso do evento. “A finalidade deste nosso encontro hoje é estruturar o evento em toda a sua extensão e para isso nós contamos com a expertise setorizada de cada um de vocês para a articulação de temas mais heterogêneos e multidisciplinares”, explicou.
PROPOSTAS
Para o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Antônio Carlos Figueiredo Nardi, a abordagem dos pisos salariais e das jornadas de trabalho dos profissionais de saúde é imperativa. “A questão dos pisos está sobrecarregando as prefeituras e deve ser revista, sob pena de inviabilizar a gestão sob o aspecto da lei de responsabilidade fiscal. A jornada dos profissionais também precisa ser debatida com fins à flexibilização”, disse.
A necessidade de interação com as entidades internacionais no que diz respeito às boas práticas foi elencada pelo presidente do Fórum Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Relações Internacionais (FONARI), Leonardo Barchini. Segundo ele, é fundamental, inclusive, produzir material em outros idiomas. “O Brasil pode contribuir com a Conferência Habitat III, mas ainda falta articulação. Nesse contexto, imagino que o tema “qual a visão das cidades brasileiras frente ao Habitat III” seria interessante para avançarmos”, ressaltou.
De acordo com a orientação do prefeito Vladimir, todos os temas sugeridos e abordados durante a reunião deverão ser encaminhados até o dia 20 de setembro. As informações recebidas serão sistematizadas e apresentadas durante reunião em São Paulo dia 7 de outubro.