Domenico de Masi ensina que “as escolas devem abolir a imagem ou ideia de que o estudo deva ser algo penoso e chato… é preciso que incorporem mais atividades lúdicas, provocando a reflexão e o questionamento”.
A criança que tem sua criatividade estimulada e começa desde cedo a formular questionamentos sobre sua vida e busca, ela mesma, respostas para eles, acaba se tornando um adulto seguro, sem medo de se posicionar. Em Vitória entendemos este desafio e nele estamos trabalhando, com foco no nosso desenvolvimento econômico.
A cidade de Vitória não tem espaços para receber indústrias tradicionais e nem para plantio ou criação de animais e, portanto, sua vocação econômica não é industrial, nem agropecuária. A vocação do desenvolvimento econômico de nossa capital é a prestação de serviços, fundamentalmente nos setores criativos e de turismo.
Seria uma catástrofe, no longo prazo, se colocássemos nossos esforços na direção de preparar as pessoas para trabalhar em atividades que não fazem parte da vocação econômica da cidade. A tendência seria as pessoas saírem da cidade pela manhã e voltarem no começo da noite, transformando-a em cidade-dormitório, com prejuízos para sua vida cotidiana e para o comércio.
Estamos trabalhando de forma compartilhada: a Companhia de Desenvolvimento de Vitória, a Secretaria Municipal de Educação e a Secretaria Municipal de Turismo, Trabalho e Renda para desenvolver projetos no setor criativo, tais como o Parque Tecnológico; a Fabrica de Ideias; e o Vitória Criativa, em parceria com os Governos Estadual e Federal e com a FINDES. São projetos que se integram e criam a ambiência perfeita para proporcionar às pessoas de Vitória a garantia de geração de renda e bons negócios.
Todas essas ações são sustentadas pelo Programa de Bolsas de Iniciação Científica Junior, que coloca os alunos da rede municipal de ensino em contato com o mundo da ciência, da tecnologia e da inovação, no intuito de que possam ter sua criatividade estimulada, com fundamentos científicos que as transformem em excelentes profissionais.
Por meio do Fundo de Apoio à Ciência e Tecnologia a CDV aumentou, desde o início do ano de 2013 até o momento, a quantidade de bolsas de 40 para 300, ampliando e fortalecendo a participação de nossos alunos do ensino fundamental.
Assim, vamos construindo um programa de desenvolvimento econômico sólido, com a preparação de pessoas e a construção de equipamentos que vão de encontro à política de estimular a criatividade dos indivíduos.
Por André Gomyde – Presidente da Companhia de Desenvolvimento de Vitória.