CDTIV

CDV participa da Conferência Anprotec 2017

Inovação e empreendedorismo transformando cidades foi o tema da 27ª Conferência da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores, Anprotec, realizada nos

dias 23 a 26 de outubro, no Centro de Convenções Sul América no Rio de Janeiro. A programação incluiu palestras, minicursos, workshop

s, fóruns, sessões técnicas e a comemoração pelos trintas anos da instituição em prol da gestão de parques e incubadoras do país. A assessora técnica da Companhia de Desenvolvimento de Vitória, Mayra Belem, acompanhou o evento.

No primeiro dia, o workshop sobre Governança de Pa

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ues tratou os desafios a serem enfrentados pelos gestores dos ecossistemas de inovação do país. A palestra magna foi realizada pelo d

iretor geral da Associação Internacional de Parques Tecnológicos, IASP, o espanhol Luiz Sanz, que apresentou a realidade sobre a gestão pública perante a legislação. “Não apenas a gestão, mas a permanência das estruturas é um grande desafio. E a diversidade do Brasil é algo que imprime uma dose extra de provações”, explicou.

O contexto dos ambientes é dinâmico e múltiplo. Hoje

já se fala em “quíntuplice hélice”, que são a academia, cidadãos, empresas, governo e ecossistema orquestrados em prol da economia da inovação. E de que forma cada uma dessas partes, insubstituível, promove impacto sobre a realidade econômica. E na gestão de parques tecnológicos não é diferente, já que “seus gestores são administradores de rede, de interesses, que ora coincide

m, ora não. É um tradutor cultural de linguagens variadas, mesmo com sistemas políticos, jurídicos e de estruturas muito diferentes entre si”, explicou Sanz.

A preponderância mundial de parques, cerca de 75%, é de origem pública. Os parques privados são menos comuns, já que a

maturação é demorada e a lucratividade ocorre no longo prazo. Investidores querem apostar em algo com retorno imediato, além disso, deixar de ser o único decisor do empreendimento, pois entra em cena uma série de fatores. “O terreno é sempre o maior problema.

 É preciso garantir uma assessoria jurídica muito eficiente, pois os proprietários são decisores sobre o terreno, em qualquer sistema jurídico.

No caso dos parques, existe uma junta geral de acionistas, que tomam as decisões. É preciso ter um organismo coletivo eficiente para dirigir o projeto, além de um diretor geral ou CEO para fazer a intermediação e ser um ponto neutro entre as partes interessadas”, enfatizou o palestrante. Outros fatores como a divergência política, a falta de diálogo e sintonia imprimem morosidade e até o bloqueio do projeto. Para Sanz é preciso muita generosidade para

administrar e consciência sobre a necessidade de ter mais competência jurídica que política.

Outro ponto importante é a habilidade para perceber quem deve estar representado na gestão, já que os proprietários defendem o recurso investido e ao mesmo tempo é fundamental que o gestor tenha conhecimento e capacidade para gerir bem

. “Amplitude de rede e experiências não locais de parques. O especialista não deve ter ligação política, tampouco emocional. De preferência que haja um conselho com especialistas diferentes de fora do ambiente. Isso é inovador para os parques atuais.”

O palestrante falou ainda da importância de escolher modelos elencados co
m a realidade de cada lugar, as características de um bom gestor, que precisa ter amplos poderes, desde que apresente resultados frequentes com transparência. E que o conselho da administração tenha representante dos proprietários, o comprometimento dos stakeholders e o trabalho de especialistas para definir as estratégias.